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LUCAS - 14, 25 - 33 - EVANGELHO DO DIA 07 DE NOVEMBRO DE 2018 - REALIDADE ESPIRITUAL - GNA
(LC 14,25-33)
(LC 14,25-33)
São Carlos Borromeu
Carlos, o segundo filho de
Gilberto, nasceu em 2 de
outubro de 1538. Menino
ainda, revelou ótimo talento
e uma inteligência rara. Ao
lado dessas qualidades,
manifestou forte inclinação
para a vida religiosa, pela piedade e o temor a Deus. Ainda criança,
era seu prazer construir altares minúsculos, diante dos quais, em
presença dos irmãos e companheiros de idade, imitava as funções
sacerdotais que tinha observado na Igreja. O amor à oração e o
aborrecimento aos divertimentos profanos, eram sinais mais
positivos da vocação sacerdotal.
O ano de 1562 veio a Carlos com a graça do sacerdócio.
No silêncio da meditação, lançou Carlos planos grandiosos
para a reorganização da Igreja Católica. Esses todos se
concentraram na ideia de concluir o Concílio de Trento. De
fato, era o que a Igreja mais necessitava, como base e
fundamento da renovação e consolidação da vida religiosa.
Carlos, sem cessar, chamava a atenção do seu tio (que era
Cardeal e foi eleito Papa, com o nome de Pio IV) para essa
necessidade, reclamada por todos os amigos da Igreja. De fato,
o Concílio se realizou, e Carlos quis ser o primeiro a executar
as ordens da nova lei, ainda que, por essa obediência, tivesse
de deixar sua posição para ocupar outra inferior.
Carlos sabia muito bem que a caridade abre os corações
também à religião. Por isso, grande parte de sua receita
pertencia aos pobres, reservando para si só o indispensável.
Heranças ou rendimentos que lhe vinham dos bens de família,
distribuía-os entre os desvalidos. Tudo isso não aguenta
comparação com as obras de caridade que o Arcebispo praticou.
Quando em 1569-1570, a fome e uma epidemia, semelhante à
peste, invadiram a cidade de Milão, não tendo mais o que dar,
pedia ele próprio esmolas para os pobres e abria assim fontes
de auxílio que teriam ficado fechadas.
Quando, porém, em 1576, a cidade foi atingida pela peste e o
povo abandonado pelos poderes públicos, visto que ninguém
se compadecia do povo, ainda procurava os pobres doentes
dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os
santos sacramentos. Tendo-se esgotado todas as fontes de
recurso, Carlos lançou mão de tudo o que possuía para
amenizar a triste sorte dos doentes. Mais de cem sacerdotes
tinham pago com a vida, na sua dedicação e serviço aos
doentes. Deus conservava a vida do Arcebispo e esse se
aproveitou da ocasião para dizer duras verdades aos ímpios
e ricos esquecidos de Deus.
Gregório XIII não só rejeitou as acusações infundados feitas
ao Arcebispo, como também recebeu Carlos Borromeu em
Roma, com as mais altas distinções. Em resposta a esse
gesto do Papa, o governador de Milão, organizou no primeiro
domingo da Quaresma de 1579, um indigno préstito
carnavalesco pelas ruas de Milão, precisamente à hora
da missa celebrada pelo Arcebispo. O mesmo governador,
que tanta guerra ao Prelado movera e tantas hostilidades
contra São Carlos estimulara, no leito de morte, reconheceu
o erro e teve o consolo da assistência do santo Bispo na hora
da agonia. Seu sucessor, Carlos de Aragão, duque de Terra
Nova, viveu sempre em paz com a autoridade eclesiástica.
O Arcebispo gozou desse período só dois anos.
Quando em outubro de 1584, como era de costume, se
retirara para fazer os exercícios espirituais, teve fortes acessos
de febre, aos quais não deu importância e dizia: “Um bom pastor
de almas deve saber suportar três febres, antes de se meter
na cama”. Os acessos renovaram-se e consumiram as forças
do Arcebispo. Ao receber os santos sacramentos, expirou
aos 03 de novembro de 1584. Suas últimas palavras foram:
“Eis Senhor, eu venho, vou já”. São Carlos Borromeu tinha
alcançado a idade de 46 anos.
O Papa Paulo V canonizou-o em 1610 e fixou-lhe a festa para
o dia 04 de novembro.
São Carlos Borromeu, rogai por nós!
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