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COINTATO -
Interessados em participar da Pastoral podem procurar o padre Luiz Eduardo de Ávila à tarde na Catedral Metropolitana de Juiz de Fora — Foto: Roberta Oliveira/G1
Arquidiocese e Associação dos Amigos desenvolvem ações para ampliar acolhimento a imigrantes em Juiz de Fora
A coordenadora da Aban, Camila de Paiva Riani (de óculos), ao lado de alguns dos imigrantes venezuelanos que estão em Juiz de Fora — Foto: Camila de Paiva Riani/Arquivo Pessoal
Projetos em Juiz de Fora querem ampliar atuação em prol de pessoas que deixaram seus países de origem e chegaram em Minas Gerais. Desde outubro, a Associação dos Amigos (Aban) recebe venezuelanos que entraram no Brasil por Roraima.
Há uma semana, no Domingo de Páscoa (1º), a Arquidiocese anunciou a criação de uma pastoral que também vai atuar neste sentido. As ações independentes vão convergir no mesmo objetivo e querem oferecer o apoio para que os viajantes se estruturem e sigam suas vidas.
O primeiro evento da pastoral para arrecadar recuros será um Festival de Prêmios no próximo domingo (15), na sede da Sociedade de São Vicente de Paulo, na Rua São Sebastião, 412, Centro.
'Esperança de dias melhores', diz rapaz acolhido em Juiz de Fora
Inicativas como as da Aban e Arquidiocese podem fazer a diferença para pessoas como Bryan Paredes, de 25 anos. Ele e o irmão, de 19, deixaram a Venezuela e chegaram em Juiz de Fora há 15 dias, após há oito meses em Roraima.
"Deixei meu país por causa da crise econômica. Estudava Engenharia Civil e trabalhava no comércio, mas tive que parar. Se trabalhasse, não poderia estudar. Se estudasse, como teria dinheiro para comer? Vim para o Brasil, por Roraima, morei quase um mês na rua e quase morri de fome. Saí do meu país para não morrer lá de fome e ia morrer aqui", disse ao G1.
Os irmãos venezuelanos Brayan e Anyel Paredes chegaram há cerca de 15 dias em Juiz de Fora, após passar oito meses em Roraima — Foto: Camila de Paiva Riani/Arquivo Pessoal
Após conhecer um padre que está atuando em Boa Vista (RR) para ajudar na interiorização dos imigrantes, soube da oportunidade de ser encaminhado para Juiz de Fora. Ele e o irmão estão entre os apoiados pela Aban para se organizarem na cidade.
"Primeiramente quero me estabilizar, alugar uma casa e preparar o caminho para trazer a minha família. Minha mãe, meu irmão, de 23 anos, minha irmã, de 12, e um tio que me criou como pai ainda estão na Venezuela", afirmou.
"Aqui as pessoas nos receberam muito bem, já arrumei um emprego. Juiz de Fora é esperança de dias melhores. Mudei minha vida e estou muito melhor. Eu tenho muita confiança de que, pouco a pouco, graças a Deus, vai dar certo", destacou Brayan.
"A ideia é gerar independência", destacou coordenadora de projeto na Aban
Os imigrantes são recebidos na Casa Benjamín, administrada pela Associação dos Amigos. A organização laica realiza diversos projetos há mais de 20 anos com apoio de voluntários, em diferentes bairros de Juiz de Fora.
A coordenadora do projeto dos imigrantes na Associação, Camila de Paiva Riani, explica que havia o interesse em atuar neste campo, utilizando um imóvel no Bairro Dom Bosco.
"A Casa Benjamín acolhia pessoas que vinham fazer tratamento médico em Juiz de Fora. Passou por uma reforma e tentamos firmar parcerias com outras instituições já pensando em trazer imigrantes, mas não tínhamos conseguido até então. Durante uma viagem a Roraima, o nosso presidente Renato conheceu o padre jesuíta Ronilson, que está atuando diretamente com os imigrantes venezuelanos. Firmamos esta parceria, que também inclui a Universidade Federal de Roraima, para trazê-los para Juiz de Fora", contou.
Selfie no Terminal Rodoviário marcou a recepção pelos integrantes da Aban a Anyel, Franklin e Brayan a Juiz de Fora — Foto: Camila de Paiva Riani/Arquivo Pessoal
Desde outubro, já vieram 21 venezuelanos. Atualmente seis moram na casa. E em cerca de dez dias, está prevista a chegada de mais três. Segundo Camila, a atuação da Aban não é assistencialista, mas oferecer as condições para os acolhidos se tornarem independentes na cidade.
"A ideia é gerar independência, que consiga vencer o problema e trabalhe sozinha. Neste projeto, as pessoas têm cerca de três meses para ficar na casa. Neste período, têm moradia, recebem alimentação, conhecem a cidade, aprendem Português e procuram emprego. A meta é que consigam se estabelecer, deixem a casa para que outros venham", explica.
Contando com a parceria da Pastoral, a expectativa é ampliar o atendimento, inclusive para pessoas que não venham por meio do projeto da Aban.
"A Aban vai preparar as pessoas para atender aos imigrantes. A Pastoral vai nos apoiar nas divulgações e necessidades. A gente está atendendo aos venezuelanos, mas sabemos que têm mais pessoas de outros países que chegaram à cidade, independente do projeto. Todos precisam de ajuda, principalmente para regularizar documentos e encaminhamento para empregos", comentou.
Conforme a coordenadora do projeto dos imigrantes na Aban, em média vivem dez pessoas na Casa Benjamín, o que implica em custos de manutenção com as contas de água, luz e internet em torno de R$ 600 mensais.
"Por isso precisamos de contribuições constantes, seja por meio de doações de empresas ou de pessoas físicas. Precisamos de pessoas que possam contribuir com o que puderem, mas de maneira constante. Temos muitas roupas. Nossas prioridades são alimentos, principalmente como carne e ovos, materiais de limpeza e de higiene pessoal", enumerou Camila.
Os interessados em apoiar o projeto dos imigrantes podem entrar em contato por meio do whatasapp (32) 98852-2440.
Atuação pelo próximo, independente de religião, ressalta padre
Nomeado assessor da Pastoral Arquidiocesana do Imigrante, padre Luiz Eduardo de Ávila já conhecia e acompanhava, por conta própria, o projeto da Aban e explicou a intenção desta nova atuação da Igreja Católica.
"O arcebispo Dom Gil Antônio soube da questão dos imigrantes, em especial os venezuelanos, e entendeu que seria necessária a criação de uma pastoral específica. Vamos caminhar juntos e somar forças com quem realiza este trabalho", afirmou ao G1.
O religioso destacou que a expectativa é de atuar para acolher os recém-chegados, independente de origem e religião.
"O que tem que prevalecer, acima de tudo, é o amor, para o cristão ou qualquer um, mesmo ateu. Ao dizer 'amai-vos uns aos outros', Jesus não perguntou se era da mesma religião, disse para apenas amar. Nós estamos cumprindo o mandamento do amor. Precisamos de pessoas com disponibilidade e tempo para atuar conosco no acolhimento e apoio", ressaltou.
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