MATEUS - 13,18 - 23 - EVANGELHO DO DIA 23 DE JULHO DE 2021 - REALIDADE ESPIRITUAL - GNA
(MT 13,18-23)
(MT 13,18-23)
23 JULHO - SANTA DO DIA - SANTA BRÍGIDA
Brígida, quando criança, tinha, certamente, um caráter forte e
decisivo. Pertencia a uma família aristocrática. Embora sentisse a
vocação religiosa, aceitou casar-se com Ulf, o governador de um
importante distrito do Reino da Suécia, a pedido do seu pai.
A primeira parte da sua vida, marcada por uma grande fé, foi
dedicada a um casamento feliz, do qual nasceram oito filhos.
Uma dentre eles, Catarina - que a seguiu até Roma - também
foi canonizada. Junto com seu marido, adotou a Regra das
Terciárias Franciscanas e fundou um pequeno hospital.
Guiada por um erudito religioso, estudou a Bíblia, a ponto de
ser apreciada por sua pedagogia; por isso, foi convocada pelo rei
da Suécia para encaminhar a jovem rainha à cultura sueca. Após
mais de vinte anos de casamento, seu marido faleceu. Assim,
começa a segunda parte da sua vida.
Brígida fez uma escolha decisiva: despojou-se dos seus bens e
foi viver no mosteiro cisterciense de Alvastra. Naquela época,
destacavam-se muitas experiências místicas, depois relatadas
nos oito livros das Revelações. Aqui, também teve início a sua
nova missão.
Em 1349, Brígida foi a Roma para obter o reconhecimento da
sua Ordem, dedicada ao Santíssimo Salvador, que deveria ser
composta, segundo seu desejo, de monjas e religiosas. Então,
decidiu estabelecer-se na Cidade Eterna, em uma casa na Praça
Farnese, que ainda hoje é sede da Cúria Geral das Brigidinas.
Porém, sofria por causa dos maus costumes e da degradação
generalizada da cidade, que ressentia muito pela ausência do
Papa, que, na época, vivia em Avinhão. O ponto alto da sua
missão - como o de Santa Catarina da Sena, sua contemporânea
– era pedir ao Papa para voltar ao túmulo de Pedro.
Mulher pela paz na Europa
Outro "aspecto" do forte compromisso de Brígida era a paz
na Europa.
Naquele tempo, as suas obras de caridade foram decisivas.
Ela, que era nobre, vivia na pobreza, a ponto de pedir esmolas
nas portas das igrejas.
Aquele também era um período de peregrinações a vários lugares
da Itália, de Assis a Gargano. Enfim, a peregrinação das
peregrinações à Terra Santa.
Brígida tinha quase 70 anos, mas isto não influenciou seu
desejo. O ponto central da sua experiência de fé foi a Paixão
de Cristo, como também a Virgem Maria. Testemunhas disso
foram o "Rosário Brigidino" e as orações, ligadas às graças
particulares prometidas, por Jesus a ela, para quem os
praticasse.
Santa Brígida faleceu em Roma, em 23 de julho de 1373.
Confiou a Ordem à sua filha Catarina que, ao se tornar
viúva, se juntou a ela, quando vivia em Farfa.
Seu único remorso foi o de o Papa não ter ficado definitivamente
em Roma. Na verdade, em 1367, o Papa Urbano V tinha voltado,
mas foi apenas por um breve período. Gregório XI estabeleceu-se, definitivamente, em Roma, mas alguns anos depois da morte
de Santa Brígida.
Co-padroeira da Europa
Canonizada em 1391, por Bonifácio IX, Santa Brígida é a
padroeira da Suécia. Em 1999, foi declarada também
co-padroeira da Europa, por São João Paulo II. Na ocasião, o
Papa destacou: “A Igreja, sem se pronunciar sobre cada
uma das revelações, aceitou a autenticidade do conjunto
das suas experiências interiores”.
A figura de Santa Brígida foi muito querida pelos últimos
Papas. Bento XVI, por exemplo, dedicou uma catequese durante
a Audiência Geral. O Papa Francisco queria canonizar aquela
que, no século XX, tinha renovado a Ordem do Santíssimo Salvador,
Maria Elizabeth Hesselblad, dando-lhe um forte impulso
ecumênico, tendo sempre em vista a busca de paz e unidade,
tão queridas por Brígida.
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